Sonhos que almejo

Sonhos que almejo


Por Vanessa Nunes

Se eu parar para pensar hoje, não são muitas as coisas que eu quero. Se eu for sincera comigo mesma, posso ate dizer que me contento com pouco, desde que seja o suficiente para me completar. Desde que seja aquilo que me deixa extasiada, com um sorriso bobo, com vontade de acreditar de novo nas pessoas e na vida. Poucas vezes tive tanta certeza de algo que pode me proporcionar isso. Arrisco dizer que até bem pouco tempo eu nem tinha essa convicção. Só que agora é tudo assim: colorido pela cor dos meus próprios olhos.
Dos sonhos que almejo, peço diariamente pra viver em paz. Sem ninguém me amolando, complicando, me jogando energia ruim. Só quero a tranquilidade pra viver o meu caminho sem obstrução e nem paradas desnecessárias. Porque eu corro e quem corre precisa da certeza de que nada vai lhe parar a não ser a própria vontade em fazê-lo. Quem corre precisa ter confiança pra se auto-motivar pra buscar mais dez minutos, um pouquinho mais de esforço e se conquista mais. 

Quero que a minha
serenidade me traga estabilidade para o meu descontrole generalizado, já que tenho uma mente sonhadora e uma cabeça presente.

Quero e desejo também o puro e simples amor. Sentimento verdadeiro, existente, pacífico, resistente. Mais amor pros nossos dias; meus, seus e de todo mundo. Que todo mundo se abrace, esqueça as diferenças por um momento – quem sabe até por mais de um – e então uma corrente positiva linda assim vai trazendo um sorriso pro rosto de cada um. Um sorriso sincero do fundo do peito, sem um pingo de falsidade. Que o amor e a paz que eu desejo são pra eliminar todo esse tipo de coisa: inveja, ódio, dissimulação.
Minha sede pela verdade é tão grande que só pretendo um mundo mais verdadeiro e, por consequência, menos dolorido. Pois as quedas que a realidade traz são maiores quando voamos a alturas de fantasia mentirosa. Então que a única mentira fantasiosa que exista, seja daquelas cobertas de magia, um tanto infantil, apenas pra ver o mundo com poesia e mais felicidade.
Por último e – óbvio! – não menos importante: quero a mim mesma. Porque é tudo sobre isto. Nada me basta sem a minha própria presença. Por que eu posso, quero e devo ter uma vida toda de paz e amor. E é exatamente por isto que me levanto todos os dias, por que eu vi que quando eu sou feliz para mim, por que quando eu estou feliz por mim, quem está ao meu lado passa a ser feliz também.
Todos precisam de base, todos precisam de alicerce, mas ser isto o tempo todo também não é bom. Você pode e deve se deixar cair de vez em quando, por que sabe que sempre que precisar cair, terá alguém para sustentar teu peso. 

Assim como você precisa ser á espinha de alguém, para que quando esta pessoa caia, você seja a espinha que a mantém em pé.

Ninguém é forte só, todos precisamos de carinho, amor, base... Se você não é parte de si mesmo, nunca será parte de alguém.

Vanessa Nunes é formada na academia da vida: Associada a Aberst, autora, mãe, pessoa estranha, Organizadora, Editora da Publiquei online e do Selo EmContos da Rico Editora e nerd, não necessariamente nesta ordem. Por curiosidade e incentivo de amigas, descobriu-se escritora e percebeu que era boa nisso.
Já participou de diversas antologias e se encontrou em temáticas diversificadas, tais como: terror, erótico, LGBT, thriller psicológico, dark romance, musical, BDSM, etc. Tem muitos projetos ainda em andamento e agora, sim, sabe onde é o seu lugar: levando grandes histórias ao mundo. 

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